Estava mexendo nas minhas fotos antigas, revirando velhos negativos, quando me deparei com um cromo 6x7 cm que fiz em 2000. Era a foto de um gato que fiz para a rações Seven-Life. Instantaneamente me pus a pensar em como as coisas têm mudado nos últimos anos. Lembrei me como era gostoso trabalhar com a velha Mamiya RB67, colocar os filmes no chassi da câmara, checar varias vezes todos os pormenores da iluminação, pois o filme cromo não suporta nenhum deslize do fotógrafo, fazer somente 10 fotos em cada rolo de filme... e depois ainda mandar revelar no Rio de Janeiro ou em Recife, em laboratórios especializados para profissionais. Por mais experiente que fosse o fotógrafo, por mais tecnico que fosse, mesmo que tivesse tomado todos os cuidados necessarios, não se tinha a garantia do resultado até que os filmes retornassem do laboratorio e estivessem nas mãos do fotógrafo para serem analizados. Hoje em dia não preciso nem falar como o sistema digital revolucionou todo o processo fotográfico. Entretanto, a qualidade que o cromo oferece continua sendo excepcional, e embora o mercado não permita mais esse luxo e o seu uso comercial esteja com os dias contados, é sempre emocionante poder ver as cores vívidas que um cromo perfeitamente exposto e bem revelado proporciona.
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